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Embarque dos primeiros estudantes da Universidade do Estado do Amazonas no “Navio da Esperança”

Autor: C. Alte (RM1-Md) Carlos Edson Martins da Silva, Secrerário Geral da ABMM



Com o objetivo de aumentar o interesse e a captação de recém-formados na área de saúde para as Forças Armadas, quer como voluntário para o Serviço Militar ou como militar de carreira foi ativada em 17 de junho de 2015 uma Sala de Integração entre a Universidade do Estado do Amazonas e as Forças Armadas.

Mantida no interior da Escola Superior de Ciências da Saúde da UEA esta sala permanentemente ocupada por militares das três Forças, os alunos tomam conhecimento das atividades de saúde das Forças Armadas na Amazônia, as formas de ingresso nas Forças, e tirem dúvidas sobre a carreira militar para profissionais de saúde. A Sala de Integração é coordenada pelo do Professor Dr. João Bosco Botelho, docente daquela universidade e Vice-Presidente da Academia Brasileira de Medicina Militar. A iniciativa, também cria um espaço para um campo de estudo acadêmico sobre as condições de saúde das populações da Amazônia e auxilia na formação de profissionais de saúde dotados dos conhecimentos básicos sobre as patologias, ambiência social e necessidades desta população, alvo de suas atividades profissionais depois de formados.

Como um dos resultados desta iniciativa foi firmada uma parceria entre a UEA e a Marinha do Brasil através do Comando do 9 Distrito Naval aconteceu no último mês o embarque oficial da primeira turma de estudantes da Universidade Estadual do Amazonas em um Navio de Assistencia Hopitalar-NAsH.

Com o forte apoio dos Comandos do 9 Distrito Naval e da Flotilha do Amazonas, da Escola Superior de Ciências da Saúde, da Universidade do Estado do Amazonas, do Centro Acadêmico de Medicina e da Academia Brasileira de Medicina Militar, esta, presente desde os primeiros momentos, alunos da graduação de Medicina, Enfermagem e Odontologia, participaram da histórica Missão a bordo do “Navio da Esperança” NAsH Dr. Montenegro, abrindo o caminho para que outros discentes e docentes, das universidades no Amazonas, possam dar seguimento aos projetos assistência e de pesquisa.

Sobre o evento, assim se manifestou o Prof. Dr. João Bosco Botelho:


“A patriótica presença da Marinha do Brasil, na Amazônia Brasileira, também com médicos, cirurgiões-dentistas, enfermeiras e farmacêuticos, nos “Navios da Esperança”, prestando assistência médico-social, nas calhas dos principais rios da bacia hidrográfica e de dezenas de pequenos afluentes, os igarapés, reveste-se da maior importância.

Além das primordiais questões militares de vigilância, defesa e manutenção do território pátrio, com certeza, poderá contribuir muito na formação dos profissionais de saúde.

Os alunos tanto dos cursos de graduações quanto os de pós-graduação (médicos residentes), terão oportunidade de ver de perto a realidade de como vivem os brasileiros, distantes dos centros urbanos, e, a maior parte deles, sem acesso, durante meses, até anos, com a assistência medica ambulatorial e hospitalar, nas sedes dos municípios e em Manaus.

Os tripulantes dos “Navios da Esperança”, ao longo de seus anos de serviço, já realizaram dezenas de milhares de atendimentos médicos, odontológicos e de enfermagem, forneceram outros tantos remédios, realizaram incontáveis higienizações orais e cirurgias nos seus bem equipados centros cirúrgicos, promovendo melhoria na saúde e coletando dados que fomentarão teses de mestrado e doutorado.

É importante ressaltar que algumas dessas populações, que povoam o território pátrio e sobrevivem com muita dificuldade nas beiras dos rios e igarapés amazônicos, já compreenderam a assistência médico-social dos “Navios da Esperança”, da Marinha do Brasil, como um dos poucos elos com a cidadania e os símbolos pátrios.

Sob essa perspectiva, é muito importante para a formação profissional a presença dos alunos de graduação e os de pós-graduação da área de saúde, nas missões dos “Navios da Esperança”, junto aos oficiais médicos, cirurgiões-dentistas, enfermeiros e farmacêuticos, todos com imensa experiência do atendimento de saúde em reais condições de trabalho de campo.”

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